domingo, 14 de junho de 2009

Pré-diagramação em jornal e revista




Pré-diagramação em jornal e revista
13 de junho de 2007, 15h21min , por José Antonio Meira da Rocha


Se o fechamento comercial de seu veículo ainda acontece às seis da tarde, depois que a redação começou a escrever as matérias do dia seguinte, não se preocupe, você não está sozinho: quase todos os jornais brasileiros usam um esquema amador como o veículo em que você trabalha. Esta improvisação pode levar a muitos problemas que são resolvidos com um procedimento simples: a pré-diagramação.


Porque fazer a pré-diagramação


Publicidade é um negócio sério. Jornalismo, mais ainda. Anúncios de jornal precisam ser programados e devem ser fruto de um meticuloso planejamento, que, em geral, é trabalho de agências de publicidade. Mesmo os anúncios diretos, feitos em casa, podem ter programação cuidadosa. Poucas vezes há urgência na publicação de anúncios. Portanto, quase nunca há razão para improvisação como aceitar um anúncio na última hora. Mas o que deveria ser uma exceção, vira regra no jornalismo brasileiro: entra um anúncio de última hora, e o editor é obrigado a “derrubar” ou mutilar matérias.


Veja o que acontece quando a falta planejamento e seriedade nas rotinas produtivas de seu veículo provoca a derrubada parcial ou total de matérias:


1-Você deixa a página de seu veículo mais feia, pois ela deve ser desenhada como um todo, a partir da área de anúncios, e não remendada na última hora.


2-Você está desrespeitando o leitor. Afinal, ele compra seu jornal pela matérias, não pelos anúncios. O leitor é o motivo de existir de seu veículo. Anúncios são apenas para equilibrar o orçamento.


3-Você está desrespeitando o anunciante, demonstrando tratar a publicidade como um negócio improvisado.


4-Você está atrasando o processo produtivo.


5-Você está jogando no lixo um serviço jornalístico pelo qual pagou.


6-Você está indicando que os serviços de seus jornalistas são descartáveis e desenvolvendo frustração profissional em toda a equipe.


Tudo isto pode ser evitado com procedimentos muito simples, rápidos e indolores:


Fechamento comercial no dia anterior à edição (ou pela manhã do dia da edição, no máximo).


Pré-diagramação.


Aplicando a pré-diagramação


Pré-diagramação é a diagramação de páginas, com um texto “falso”, antes do texto final ficar pronto. Não é coisa de outro mundo. Consiste em:


1-Desenhar as páginas antes que os redatores comecem a escrever;


2-Fazer o cálculo preciso de caracteres que cabem no espaço designado, com um texto conta-caracteres;


3-Passar este número para o redatores, para que eles escrevam na medida certa;
Colocar o texto pronto no espaço já diagramado.


Mas, para que o esquema funcione, é necessário que a redação já saiba, de antemão, o espaço ocupado por anúncios, o que implica em fechamento comercial na manhã do dia de edição. Portanto, você precisa agir com inteligência, planejando seu jornal.



Poesia, Sentimento & Fantasia



Sândro José Risso, catarinense, natural de Sul Brasil, reside atualmente em São Miguel do Oeste, publicou no ano de 2008 o seu primeiro livro "Poesia, Sentimento & Fantasia", no qual colaborei produzindo a capa desta obra literária.

Lhes apresento: funk do Boris!

Tempos bons...Curso de Jornalismo, Unoesc São Miguel, 2005/2008...entre o que marcou, esse funk, produzido por Diogenes Di Domenico e Lucas Marasquim Matias, parceiros jornalistas e com a participação de Clemerson A. Korb (Boris)... Obrigado amigos!!!

TELEJORNALISMO NO BRASIL


Além de minhas conclusões, também compartilho aqui ideias e estudos da área de comunicação publicados por colegas jornalistas. Como a matéria a seguir, do site Observatório da Imprensa, Por Alfredo Vizeu em 9/1/2006, espero que gostem.
Tv em Questão
TELEJORNALISMO NO BRASIL
O preocupante monopólio da notícia

O telejornalismo nasceu com a televisão no Brasil, em setembro de 1950. No dia seguinte à inauguração da primeira emissora, a PRF-3-TV, em São Paulo, dos Diários Associados, foi ao ar um programa de caráter jornalístico: Imagens do Dia. Incipiente, sem horário fixo, com problemas de operação, durou dois anos. Depois, entrou no ar o Telenotícias Panair, substituído pelo Repórter Esso, que trouxe para a TV a sua enorme popularidade do rádio.

Despidos de preconceitos, podemos dizer que o velho Repórter Esso foi, na verdade, o nosso primeiro telejornal. Levado para a televisão, em 1952, pela TV Tupi do Rio de Janeiro, tinha 33 minutos de duração e recebeu o nome de O Seu Repórter Esso. Programa de enorme sucesso, chegou ao fim em 1970 porque acabou não conseguindo acompanhar o ritmo de desenvolvimento dos programas de telejornalismo nacionais. A Rede Globo passa a ocupar esse espaço.

No entanto, nossa preocupação não é fazer um histórico do telejornalismo brasileiro, mas discutir a central do telejornalismo da Rede Globo que há 37 anos, através do Jornal Nacional, vem mantendo a hegemonia da informação no país. Considero que os estudos sobre o JN pouco têm se preocupado com este aspecto do noticiário que, diariamente, no horário, constrói uma comunidade imaginária que cria uma espécie de pertencimento daqueles que o assistem nos locais mais distantes deste país.

Mas, antes de discutirmos a centralidade do telejornalismo da Rede Globo e da sua importância, para entendermos a sua influência na construção da realidade social do país, numa identidade nacional, é preciso dizer que as experiências de noticiários que ocorreram no campo da informação televisiva nas demais emissoras foram efêmeras ou não conseguiram se firmar como lugares de referência, o que de certa forma enfatiza a importância do estudo dos noticiários da Globo, não de uma forma reducionista, mas crítica, no sentido de compreendermos um pouco o Brasil.

Antes de entrarmos propriamente na importância da Rede Globo não há como não destacarmos um momento pouco conhecido do telejornalismo brasileiro que foi o Jornal de Vanguarda, da TV Excelsior. Foi um noticiário que buscou um formato brasileiro com competência e criatividade, mas que sucumbiu à ditadura militar e ao general-presidente de plantão.

Avaliação rasteira

Logo depois temos o Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão, que vai ao ar no horário nobre. Foi a primeira experiência brasileira que conseguiu unir instantaneamente o país. Com certeza não somos ingênuos, mas também não somos preconceituosos em procurar entender o papel que o Jornal Nacional desempenha. A história da Rede Globo não pode ser ignorada. Vale lembrar que na sua primeira edição o JN não fez uma crítica ao regime de exceção em que vivíamos.

O Jornal Nacional, como a mídia de uma forma geral, vive ao sabor dos ventos. Na ditadura foi parceiro de primeira hora dos militares e hoje dança no grande baile do governo Lula apoiando aqui e criticando ali, de olho nas eleições de 2006.

Para compreendermos como o JN se manteve tanto tempo selecionando, classificando e hierarquizando as notícias estabelecendo uma espécie de agenda do que é importante para o país ver, podemos ser simplistas na análise e dizer: "O Povo não bobo! Fora a Rede Globo". Uma avaliação rasteira como essa só contribui para a manutenção do sistema, do poderoso sistema midiático hoje concentrado em pouco mais do que seis grandes empresas de comunicação. É preciso estudarmos profundamente os mecanismos e as operações de dominação, manipulação e hegemonia do JN para buscarmos pistas no sentido de entender se o país editado e ditado pelo Jornal Nacional corresponde ao Brasil real.

Jornalismo diferente?

As notícias selecionadas correspondem a uma agenda pública? As diversas vozes que constituem a sociedade estão presentes no JN? A diversidade, a diferença, os conflitos, as tensões dos diversos movimentos sociais e das ruas estão presentes também? Pesquisarmos, estudarmos e analisarmos isso é central para o aperfeiçoamento da democracia no país e para a proposição de políticas públicas de comunicação.

Por fim, nessa leitura crítica do telejornalismo não podemos ser pueris em relação aos demais telejornais. Estou falando dos senhores Sílvio Santos, da família Saad e do bispo Edir Macedo, que controlam o SBT, a Bandeirantes e a Record. Posam como críticos, mas são parceiros, defendem a lógica do capital.

É necessário estarmos atentos a isso. Recentemente, o senhor Edir Macedo demitiu, conforme foi divulgado nos jornais, o apresentador Boris Casoy sem a mínima preocupação se ele fazia ou não bom jornalismo. A pergunta que faço é: Boris Casoy, Paulo Henrique Amorim e Ana Paula Padrão, os dois últimos ex-globais que trocaram a antiga emissora em busca de um novo telejornalismo, fizeram ou fazem um jornalismo diferente do das empresas onde trabalhavam?

Ingenuidade

Com certeza não, são pequenas ilhas nas emissoras que os contrataram. Todos devem receber bons salários, o que é importante, no entanto as empresas em que trabalham, de uma maneira geral, apostam nesses jornalistas em função do prestígio que têm, esquecendo que um telejornal é uma atividade coletiva. É preciso pagar bem também aos funcionários e ter uma estrutura que possa atender às propostas dos novos contratados.

Não vai aqui uma crítica aos profissionais que, tenho certeza, pensavam em fazer algo novo. No entanto, o ditado está batido demais, mas não custa citar: uma andorinha só não faz verão. O monopólio da notícia nas mãos de uma só empresa, no caso a Rede Globo, é preocupante. Jornalistas não podemos ser mercadores de ilusão. As empresas de comunicação funcionam dentro da lógica do mercado. Para que isso mude é preciso termos claro que precisamos de projetos coletivos e não cairmos na cultura das celebridades.

Com base nessa análise é que defendo, apesar da crítica e do preconceito de alguns colegas do campo acadêmico, que é preciso sim centrar a pesquisa no telejornalismo da Globo, que vem há anos contribuindo para a construção de uma imagem do país no seu principal telejornal. Desprezarmos a importância da Globo sob o argumento que somos reféns de sua hegemonia é de uma ingenuidade que um professor, um pesquisador e um jornalista não podem ter. Não sejamos ingênuos.

201 ANOS DE IMPRENSA BRASILEIRA

No ano de 2008 quando comemorava-se o Bicentenário da Imprensa Brasileira, tive a sorte de concluir o curso de Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo. E para marcar essa data tão importante elaborei um cartaz (imagem aqui ao lado), onde procurei unir a homenagem à esta data com a evolução da imprensa no país, além de mostrar a minha raíz de formação e a luta da classe pelo Diploma.
O que começou com a chegada da Família Real ao Brasil a mais de dois séculos com a imprensa escrita, ao passar dos anos inclui o rádio, depois a tv, e a pouco anos a internet. Todos estes meios tem o objetivo de informar, com ética, seriedade e imparcialidade.
Você que é um profissional de comunicação faça valer sua formação e busque ser a "voz e olhos" do povo, denunciando todas as inverdades que podem prejudicar a sociedade. Assim terás orgulho dos 201 ANOS DE IMPRENSA BRASILEIRA, neste mês de Junho de 2009.

Tutorial


Neste blog, com muita liberdade, apresento minhas ideias e criações. Desde editoração gráfica, foto montagens, documentários e produção textual (sátiras & crônicas).