![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWKK9oqAE1jtBykYk5JE1rvPKqwMSZVPrC0ExdCoAOWtFCN59MGJ04fNJ60FNLruQL4hKAUhX_RWK1ges5eGUuwwQjjc_mpc8RngkpEnTRdqdTHEL9F_PjIU5cZelRKtmHfHtG4rCCBfj8/s400/rosa_vermelha_neve.jpg)
eles se aproximam
e colhem uma flor
de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite,
já não se escondem :
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a lua, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz
da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.
Maiakovisky