quinta-feira, 16 de junho de 2011

Retrospectiva política Palocci sai novamente

Após semanas de muita tensão sobre a polêmica do aumento financeiro abrupto do então Ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, o governo Federal agiu. Não deu para suportar a pressão dos partidos de oposição e da imprensa.
Palocci em entrevista exclusiva em horário nobre na tv Globo, ocupando dois blocos do Jornal Nacional se manifestou pela primeira vez desde que o Jornal Folha de S. Paulo publicou reportagem sobre o aumento do patrimônio pessoal em cerca de 20 vezes entre os anos de 2006 e 2010.
Quando o Governo achou que as respostas dadas por Palocci  teriam apaziguado os ânimos dos políticos da oposição eis que não funcionou. Já no dia seguinte membros da base do governo e oposição renegaram as explicações de Palocci. Ficaram insatisfeitos e ficou o dito pelo não dito.
A crise se instalou no governo da presidente Dilma, não havia alternativa a não ser “dar cabo” de Palocci. Definitivamente o Palocci não dá sorte como ministro. No governo de Lula deixou o cargo por causa de um extrato de conta retirado indevidamente na Caixa Econômica Federal. Neste caso o presidente do Banco, Jorge Mattoso, afirmou a Polícia Federal que entregou pessoalmente ao então ministro da Fazenda, Palocci, o extrato bancário do caseiro Francenildo Santos Costa.  Levou anos para conseguir voltar ao posto de ministro e em poucos meses reescreveu o roteiro, nos dois casos negou no primeiro momento e logo em seguida pediu afastamento.
Só para não deixar o leitor esquecer a crise de 2005 se instalou quando começou a se investigar propinas de empresários do ramo de jogos. Foi montado um esquema de financiamento de campanhas durante a gestão de Antonio Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto (SP).
A turbulência passou novamente, saiu Palocci e quem assume a chefia da Casa Civil é a senadora do PT paranaense Gleise Hoffmann.  Dilma deixou claro, deu como missão a nova ministra a gestão e acompanhamento de projetos. E quer esforço dobrado na articulação política para fazer mudanças.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Túnel do tempo ilusório

O corredor que liga o plenário aos gabinetes dos senadores sofreu reforma e em suas laterais onde já existiam painéis com os fatos que marcaram a historia do Senado tiveram alguns desses painéis modificados. Tudo para encobrir alguns fatos.
Reinaugurado com pompa pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB), o “túnel do tempo”,  traz agora uma decoração que reescreve a historia da instituição e o mais engraçado que alguns fatos reescritos falam de episódios do próprio Sarney, o homem esta se auto- promovendo. Muito bom... heim!
É como se alguém se apropriasse de uma obra literária das mais famosas e apagasse nuances que não o interesse e em seguida reescrever com seu grau de conhecimento linguístico e próprio interesse. 
Fotos como o impeachment do ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello, ocorrido em 1992, havia sido apagado da ordem cronológica do túnel. Segundo o próprio Sarney este não era um fato marcante. Depois voltou atrás e determinou que o painel sobre o impeachment do seu agora, aliado voltasse a compor a galeria do túnel. Quase apagou com essa memória no túnel, mas não conseguiu.
Outro fato, a cassação do ex-senador do Distrito Federal, Luiz Estevão em 2001 foi riscado da parede e deu lugar a feitos protagonizados pelo Senador José Sarney. As CPIs que marcaram a atuação da Casa também ficaram de fora nesta reforma.
Sarney é ainda homenageado com a publicação de foto em que ele aparece jurando a Constituição, no lugar do presidente Tancredo Neves. Pelo visto Tancredo, também não foi marcante para o Senador.
Claro que muitos fatos importantes da história estão lá, mas riscar alguns ou substituir não é o caminho. E não é escondendo da nova geração a parte “podre” da história que vai se apagar os fatos.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Língua enrolada

O assunto que mais se falou na semana que passou  foi sobre o certo, ou o errado, no uso da nossa Língua Portuguesa. Fazendo uma busca rápida nas principais revistas e sites encontrei inúmeras opiniões, que divergem a respeito do fato. O fato é que a maneira proposta no livro “ Por uma vida melhor”, da Coleção Viver, Aprender, (como contendo erros gramaticais), tirou do sério muitos docentes e intelectuais.
A revista Veja desbancou com o título, “Os adversários do bom português”, foi explícita ao citar que “doutrinar crianças com a tese absurda de que não existe certo ou errado no uso da língua é afastá-las do que elas mais precisam para ascender na vida”. E não parou por ai, utilizou o termo, “talibãs da linguística” ao se referir aos pesquisadores liguísticos que desenvolveram o livro.
O site de notícias Último Segundo, foi mais ameno ao tratar do assunto. Na página educação o destaque foi para a matéria “Endenda a polêmica do livro que defende o “nós pega” na escola”. O texto faz um relato da controvérsia gramatical e expõe os dois lados da moeda.
Blogueiros também entraram na discussão e não deixaram por menos, no blog Poder On Line, Jorge Felix e Tales Faria, teclam que o livro usado pelo Ministério da Educação (MEC) ensina o aluno a falar errado. E desnorteiam a expressão falando que “ao defender o uso da língua popular, os autores afirmam que as regras da norma culta não levam em consideração a chamada língua viva”.
Notas em defesa do uso do livro pipocam na mídia eletrônica. A Associação Brasileira de Linguística (Abralin) e a Associação de Linguística Aplicada do Brasil (Alab) condenam e questionam a cobertura deturpada de jornalistas e veículos de imprensa.
Li até matérias bem tendenciosas, onde se fala que a língua culta é um instrumento de dominação da elite. Devem estar querendo criar mais um instrumento para penalizar os carentes em gramática.  Existem tantos preconceitos com o ser humano que agora estão inventando o “PRECONCEITO LINGUÍSTICO”. Cada um fale do jeito que mais convier, mas sabemos que em momentos decisivos de nossa vida não podemos deixar a norma culta de lado. Senão, [babau] aquele curso superior, [babau] aquela oportunidade de emprego e tudo mais que nos faz interagir com a sociedade poliglota no português. Não sei dizer qual lado é cara e/ou coroa, certo/errado, adequado/inadequado, mas entre as posições de a favor ou contra resta ver qual o consenso. E só querer que a educação do Brasil ganhe com tudo isso e não fique somente no singular. Esta discutição plural trará sufixos plenários em prol das crases ditongas sem se perder nas esdrúxulas acentuações morfológicas, tornando o presente imperfeito em pretérito imperfeito do indicativo do verbo “saber”.