domingo, 29 de maio de 2011

Reforma política “embananada”

PSDB e PT debatem e divergem sobre a reforma política. A discussão ocorre em meio a muitas duvidas de qual é o melhor sistema político para o Brasil. O ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB) defende o sistema de voto distrital, já quer implementar esta novidade para as eleições municipais de 2012.  O presidente nacional do PT, deputado estadual por São Paulo Rui Falcão, representa seu partido na defesa do voto proporcional.
Existem dois sistemas eleitorais no Brasil, o majoritário e o proporcional. Em 2001 ganhava corpo no Congresso a discussão em torno da adoção de um terceiro modelo, o distrital.
Os ocupantes de cargos majoritários são escolhidos pelo primeiro sistema, sendo vencedores aqueles que obtiverem o maior número de votos. No caso do presidente da República, dos governadores de estado e dos prefeitos de cidades com mais de 200 mil eleitores, é preciso que o candidato obtenha 50% + 1 (maioria absoluta) dos votos para que seja eleito no primeiro turno. Se isso não acontece, os dois candidatos mais votados disputam o segundo turno. O sistema majoritário é usado também para a escolha dos senadores.
Na eleição proporcional são eleitos os vereadores e os deputados estaduais e federais. Por esse sistema, o total de votos válidos é dividido pelo número de vagas em disputa, o sistema proporcional privilegia o partido, e não o candidato. Por isso, é comum ocorrer de candidatos serem eleitos com menos votos que outros que ficam de fora.
Já o sistema defendido pelos tucanos prevê que o voto distrital e o distrital misto, os legisladores dariam mais representatividade aos candidatos regionais. Toda região estaria representada nos parlamentos estadual e federal. Atualmente, um distrito pode ter dois ou mais representantes e outro, nenhum.O voto distrital é o que existe na Inglaterra, por exemplo. O país é dividido em pequenas regiões, onde cada partido lança seus candidatos. O mais votado em cada uma é eleito. O voto distrital misto é o que existe na Alemanha e, como o nome diz, é uma mistura dos outros dois sistemas: uma porcentagem é eleita pelos distritos e outra, por eleições proporcionais.
Muita confusão para cabeça do eleitor que muitas vezes não tem opção de votar, pois o problema não esta somente em discutir qual o modelo a ser utilizado para eleger os candidatos. Esta reforma também deve contribuir para excluir das listas de votação os maus políticos.
Nesta encruzilhada vemos tucanos e petistas, cada um buscando um caminho. Serra não abre mão de buscar apoio para emplacar o sistema distrital e o presidente do PT quer que representantes de outros partidos entrem nesta discussão da reforma política para ganhar força e manter o sistema atual.
Outros partidos não deixam tão clara a posição quanto os tucanos e petistas. Estes pelo visto querem dominar o cenário político. E pôr mais brasa no seu assado, para  desfrutar de mais vagas aos candidatos de seus respectivos partidos. No final só a reforma não é suficiente. Deve-se implodir toda a estrutura que já se encontra com rachaduras e ameaça ruir, para construir tudo novo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário