segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O monstro pode voltar

Dar aquele jeitinho brasileiro, conviver com as dificuldades impostas pelo sistema econômico já fazem parte do nosso cotidiano. Aqueles que são mais vividos sabem muito bem como é passar com um orçamento apertado e os preços aumentando. Lá em 1944 os índices de preços passaram a ser calculados, nesse período de seis décadas e meia os índices nunca foram menores do que 4% ao ano.

Em pesquisa verifiquei que o país teve períodos tumultuados com a hiperinflação. Entre 1980 quando a inflação fechou o ano em incríveis 99,27% e no final de 1993, com a variação de preços saltando para a estratosfera de 2.477,15%, coisa que só brasileiro passou e sobreviveu. A atual crise que ocorre na Grécia se comparada com o período de hiperinflação que o Brasil passou, podemos dizer que é um aperitivo, claro que bem amargo, mas apenas um aperitivo.

O Brasil foi sacudido por nove planos de estabilização, 15 diferentes políticas salariais, 19 modificações das regras cambiais, 22 propostas de negociação da dívida externa (quem não lembra da tão famosa dívida externa), e 20 programas de ajuste fiscal. Tudo isto antecedeu o Plano Real, era praticamente impossível planejar a economia, inclusive a doméstica.

Desde 1994 o brasileiro mudou sua rotina econômica, então consegui planejar e gastar sem medo de não ter como pagar no dia seguinte. Tudo se estabilizou. Porem toda cautela é pouco, com a crise na Europa o medo é que ela ronde por aqui. O jornalista Marcelo Sakate escreveu na semana passada que depois de uma década de rigor na política econômica o governo agora aposta nos efeitos da crise externa e afrouxa a luta contra a inflação. A meu ver um erro, economistas temem que a inflação volte, assim podemos dizer que “o monstro está na engorda”, e quem alimenta o dragão da inflação é o próprio governo.

Por outro lado o governo tenta timidamente segurar o avanço da inflação com aumento de impostos sobre o financiamento de bens. Mas em contrapartida diminui o poder de compra do cidadão. Com certeza o governo está com uma faca de dois gumes nas mãos e pode se cortar a qualquer momento. Se virmos por este lado melhor que “os grandões de gravata” se firam, do que fincar o punhal no peito do cidadão trabalhador sem dar chance de sobreviver.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Leis absurdas

Inspirado na matéria da capa da revista Veja, edição  de 28 de setembro, busquei as leis mais absurdas que literalmente infernizam com a vida dos brasileiros e de certa forma é um atraso em nosso cotidiano.
Em um universo que compreende as duas últimas décadas foram criadas no Brasil 4,2 milhões de leis, que em sua maioria só servem para atrapalhar. O jornalista Alexandre Salvador classifica estas leis como absurdas uma vez que trata o cidadão como um “cidadão-bebê”.
No Brasil, o excesso de leis trai uma imponderação repressora. Basta surgir uma polemica que em seguida aparece a idéia de fazer uma lei. Desta forma induzem o cidadão a pensar que podem ficar descansados, pois a nova lei os resguardara da tal situação que supostamente esfola a moral ou a privacidade do cidadão.
Definitivamente o país possui leis demais, para piorar a linguagem é rebuscada, o que deixa muita dúvida na hora da interpretação. O resultado de tantas leis tão mal elaboradas é um emaranhado jurídico que em vez de promover o funcionamento da constituição possui efeito contrario. Chega a promover o caos, e apenas promove a idéia de um Estado semiselvagem de leis que não funcionam. Vendo desta maneira temos a sensação que se não existissem certas leis nossa vida diária andaria melhor.
Neste oceano de leis absurdas normas curiosas não faltam. As mais estranhas acabam sendo aprovadas nos municípios, são verdadeiras bizarrices. Temos como exemplos absurdos e tristes, que podem fazer você chorar ou se quiser rir de tão sem noção. Já é difícil termos aeroportos que atendam seus usuários com um pouco de dignidade, então um vereador teve a magnífica idéia de criar uma lei onde se cria um aeroporto ou melhor  um “discoporto” para o pouso de discos voadores de alienígenas. Para azar dos ETs o projeto não saiu do papel.
Outro exemplo é a lei da folia comportada, onde na década de 60, o então prefeito Epitácio Cafeteira de São Luis,no estado do Maranhão baixou o "código de posturas" do município. Entre outras coisas, ficou proibido o uso de máscaras em festas — exceto no Carnaval, ou com licença especial das autoridades. Para defender a medida (que virou letra morta), o prefeito argumentou que ela ajudava a "identificar bandidos".
No âmbito nacional a Câmara de Deputados aprovou a lei de alerta contra o câncer nas roupas intimas, onde determina que as calcinhas vendidas devem ter etiquetas recomendando exames de colo do útero, os sutiãs de câncer de mama e nas cuecas de câncer de próstata.

Estes são apenas uma pequena amostra do que os brasileiros tem de aguentar. Na área tributaria são mais de 18 mil leis, decretos e portarias que integram e deixam a ponto de pedir socorro par entender tal teia de regras. Resumindo é um verdadeiro monumento a estupidez tantas leis desnecessárias. Esta na hora de passar a borracha e apagar estas tais leis  medíocres que só atrasam e  sacaneiam com nós brasileiros.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

# Será...

Carga tributária

O Brasil é conhecido como o país dos impostos. O sistema tributário brasileiro (que até rima com  [otário] é composto por 63 tributos, entre federais, estaduais e municipais. Com certeza é um exagero essa quantidade, isto contribui (quebra com a cabeça e desfalca o bolso) e tornam complexas as normas que regulamentam os tributos.
É uma queixa constante entre os brasileiros o peso que a carga tributária exerce sobre a vida das pessoas e empresas. Todo ano o Governo federal anuncia alguma medida que mexe diretamente no bolso do povo. Em épocas de crise financeira, quando a ameaça aos cofres  do governo passa a ser uma realidade os anúncios de  reajustes passa a tomar conta dos noticiários e assombra a cabeça do brasileiro.
Algo interessante é que o governo faz ou induz o pobre a pensar que não paga imposto por motivo de algumas isenções, quando na verdade é o que mais paga.
Outro fato, quem paga é sempre o consumidor, isto por que as empresas apenas repassam ao governo os tributos vindos do consumidor final, aquele que adquiriu um produto ou serviço, apenas há exceção das tributações sobre os lucros das empresas.
E quando falamos na carga tributária que incide sobre os alimentos, em média fica em 27% do valor total cobrado do produto. Em outros países varia de 10% a 17%.
Pegamos como exemplo os Estados Unidos da América, lá  o governo faz a sua parte, subsidia a produção fornecendo sementes, isto acaba barateando os preços. Li em matéria recentemente que o raciocínio dos norte americanos é: ninguém passar fome. Com isso a carga tributaria sobre os alimentos fica em torno de 14%.
Pelo menos aqui no Brasil uma coisa é certa quem paga sempre é povo. Quem sofre é o povo, quem passa fome é o povo. Tudo o pode acontecer de ruim, sempre sobra para o POVO.