quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Comissão da Câmara Federal aprova PEC dos Jornalistas

Uma importante vitória dos jornalistas brasileiros! Em votação simbólica ocorrida na manhã de quarta-feira (11/11), a Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 386/09. A votação na CCJC da Câmara ocorreu através do voto das lideranças das bancadas com presença na Comissão. O único voto contrário foi da bancada do PSDB.
"Esta votação é um atestado da constitucionalidade da exigência do diploma e uma garantia de que não existe conflito entre a regulamentação profissional dos jornalistas e o direito à livre expressão", comemorou Sérgio Murillo de Andrade, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ).
Na tarde desta quarta-feira os sindicalistas reúnem-se com a Frente Parlamentar em Defesa do Diploma. A ideia é agilizar a formação da Comissão Especial, compromisso já assumido pelo presidente da casa, Michel Temmer, para agilizar a tramitação da PEC.
Fonte: FENAJ

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Rádio e TV saem do ar, e deposto pede ação internacional em Honduras


Fonte : http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1320924-5602,00-RADIO+E+TV+SAEM+DO+AR+E+DEPOSTO+PEDE+ACAO+INTERNACIONAL+EM+HONDURAS.html

Emissoras pró-Zelaya tiveram sinais interrompidos nesta segunda-feira (28)Presidente deposto afirmou temer ser morto pelo governo provisório.


O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, pediu nesta segunda-feira (28) que a comunidade internacional "reaja imediatamente", depois da notícia de que uma rádio e uma TV pró-governo deposto estão fora do ar.

Em entrevista à France Presse por telefone, Zelaya disse temer ser morto pelo governo interino.

"A comunidade internacional tem de reagir imediatamente antes que ocorra um magnicídio", disse Zelaya, que está desde segunda-feira abrigado na Embaixada do Brasil, em Tegucigalpa.

Após ter decretado a suspensão dos direitos constitucionais e alertado sobre a suspensão de meios de comunicação, o governo interino mandou fechar uma rádio local nesta segunda.

domingo, 27 de setembro de 2009

Questão de Ordem: Senado deve manter diploma de jornalista



O diploma de jornalista não caiu e a Constituição dispõe que apenas o Senado poderá suspender a execução da norma que regulamentou a exigência para o exercício da profissão, sustenta o deputado Ibsen Pinheiro que encaminhou questão de ordem dirigida ao Congresso Nacional. Com a subscrição na fundamentação também dos deputados Aldo Rebelo e Edgar Moury e dos senadores Valter Pereira e Inácio Arruda, a questão de ordem provoca regimentalmente a manifestação dos senadores sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal que, em grau de recurso de processo originado de jurisdição inferior, considerou inconstitucional art. 4°, inciso V, do Decreto-Lei 972 que exige o diploma, decisão que vale tão somente aos veículos de comunicação integrantes daquele processo.

Para que a decisão tenha validade geral, impõe-se a manifestação do Senado que poderá ser pela inconstitucionalidade de partes da norma, porém mantendo a eficácia da exigência do diploma.

Ibsen explica que o inciso X do art. 52 da Constituição Federal estabelece a competência do Congresso Nacional, por meio do Senado, para suspender a execução de norma considerada inconstitucional, por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal que não seja resultante de ação direta que esta produz o efeito imediato. Qualquer outra decisão de inconstitucionalidade, como esta que ocorre no bojo de uma ação civil pública, não se completa sem apreciação pelo Congresso Nacional, através do Senado Federal. E o Senado ainda não fora provocado sobre esta decisão do Supremo.

Na sessão de quarta-feira, o presidente da Câmara Michel Temer acolheu a questão de ordem para encaminhar à Presidência do Congresso Nacional as razões escritas que Ibsen define:

- A norma do art. 4° inciso V do Decreto-Lei 972 só poderá ser afetada na plenitude de sua validade e eficácia após deliberação do Senado Federal que suspenda sua execução, nos termos do Art. 52, X da Constituição Federal. Releva notar que o tema, até pela sedimentação do tempo, é matéria de alta indagação jurídica, sem laivos de visível incompatibilidade com o texto constitucional em vigor, até porque o Constituinte de 1988 não inovou na matéria, antes repetiu o regramento do sistema constitucional anterior, que, a par de consagrar a liberdade dos ofícios e profissões, subordinou-a, conforme o já citado Art. 150 §23. Outra coisa não faz a atual Constituição, ao consagrar, cf. Art. 5º, XIII. a liberdade do exercício profissional, condicionando-a ao atendimento das qualificações profissionais que a lei estabelecer.

Sessão Ordinária da Câmara dos Deputados – 23/09/09.

O SR. DEPUTADO IBSEN PINHEIRO - Sr. Presidente, peço a palavra para uma questão de ordem. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) - Tem V.Exa. a palavra.

O SR. IBSEN PINHEIRO (PMDB-RS. Questão de ordem.) - Sr. Presidente, invoco o art. 131 do Regimento Comum do Congresso Nacional e os arts. 386, 387 e 388 do Regimento do Senado Federal, para uma questão de ordem de matéria da competência do Congresso Nacional. Melhor seria se apresentada em uma sessão do Congresso Nacional, mas, por razões conhecidas, não estão acontecendo sessões do Congresso Nacional. Sr. Presidente, é matéria já assente, até mesmo em decisões anteriores de V.Exa. e de antecessores de V.Exa., o cabimento de questão de ordem em uma das Casas do Congresso Nacional para matéria de competência do Congresso Nacional por qualquer de suas duas Casas. Adianto a V.Exa. que aduzi razões escritas, que peço licença para juntar, e liminarmente antecipo o conteúdo da questão de ordem em matéria constitucional.

Entendo que se impõe a manifestação do Congresso Nacional com fundamento no inciso X do art. 52 da Constituição Federal, que estabelece a competência do Congresso Nacional, por meio do Senado da República, para suspender a execução de lei considerada inconstitucional, por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal.

Exclui-se, é claro, a decisão em ação direta, uma vez que esta produz o efeito imediato. Qualquer outra decisão, como esta que ocorre no bojo de uma ação civil pública, não se completa sem apreciação pelo Congresso Nacional, através do Senado Federal.

É a questão de ordem que formulo, Sr. Presidente, pedindo a V.Exa. que encaminhe à Mesa Diretora do Congresso Nacional os fundamentos de direito dessa questão de ordem. Informo que me acompanham nessa fundamentação dois deputados — Aldo Rebelo e Edgar Moury — e dois senadores — Valter Pereira e Inácio Arruda.

Imaginamos que a segurança jurídica se estabelecerá com manifestação do Senado Federal sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal, que nos autos e no recurso extraordinário proclamou a desnecessidade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão. Entendemos que essa norma só perderá a eficácia se assim entender o Senado Federal.

É a questão de ordem que encarecemos que V.Exa. encaminhe à Mesa Diretora do Congresso Nacional. Obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) - A Presidência acolhe a questão de ordem de V.Exa. tão adequadamente formulada e encaminhará à Presidência do Congresso Nacional as razões escritas, seguidas das notas taquigráficas, que reproduzem a fala de V.Exa.

Tempestade

Filmado pelo técnico em eletrônica Roberto Luiz Gehrke (Gurizão), às 7:00 da manhã do dia 14 de setembro de 2009, na porta da Eletrônica São Gotardo na rua São Cristovão em São Miguel do Oeste - SC

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Frente em Defesa do Diploma recebe amplo apoio político

Fonte: http://www.ojornalista.com.br/news1.asp?codi=2810

Com a presença de representantes de todas as correntes políticas do Congresso Nacional foi lançada oficialmente, na manhã de hoje (23/09), em Brasília (DF), a Frente Parlamentar em Defesa do Diploma em Comunicação Social/Jornalismo para o Registro Profissional de Jornalista, proposta pela deputada Rebecca Garcia (PP-AM) e que já conta com o apoio de 215 parlamentares.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), autor da Proposta de Emenda Constitucional 386/2009, a PEC dos Jornalistas, informou que até o final deste ano o plenário da Câmara vai se manifestar sobre a matéria e que em março próximo estará no Senado para ser votada. Na Comissão de Constituição e Justiça, o relator da PEC, deputado Maurício Rands (PT-PE), concluiu o parecer, e agora, com pedido de urgência, a proposta segue direto para uma comissão especial para em seguida ser colocada em votação no plenário.

Rebecca Garcia (PP-AM) anunciou que o presidente da Câmara, Michel Temer, a pedido das lideranças na Casa, concordou com a urgência da tramitação da proposta. "A matéria é extremamente importante para toda a sociedade. Não podemos abrir mão da qualificação profissional que foi obtida pela formação superior à custa de investimentos cultural e financeiro", observou a parlamentar.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS), que preside a Comissão de Educação e Cultura da Câmara, criticou o fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo. "A decisão do STF é uma desvalorização da complexidade existente tanto nos processos de comunicação quanto nos de educação", disse. Na Comissão, já foram realizadas duas audiências públicas pela defesa do diploma.

A deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS), que é jornalista, destacou que o diploma é necessário até para que os profissionais possam aprofundar debates sobre a formação, a liberdade de imprensa, entre outros assuntos de interesse da categoria e especialmente da sociedade.

A Frente Parlamentar, lançada durante café da manhã, na Câmara dos Deputados, tem a finalidade de fortalecer e promover a defesa de leis que disciplinem o exercício da profissão, promover debates e seminários e propor o aperfeiçoamento da legislação e a tramitação de leis que tratem do assunto também no Senado. Também estiveram presentes ao lançamento da Frente os senadores Flavio Torres (PDT-CE) e Roberto Cavalcanti (PRB-PA).

Além de Rebecca Garcia e de Manuela d'Ávila, integraram a mesa de trabalho para a formação da Frente o deputado Emiliano José (PT-BA) e o presidente da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), Sérgio Murillo. Também participaram da solenidade a presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio, Suzana Blass, e dos Sindicatos de São Paulo, Amazonas e Distrito Federal, respectivamente, José Augusto Camargo, César Wanderley e Romário Schettino.

Todos os pronunciamentos ressaltaram a responsabilidade do profissional como principal fator de qualificação, que se adquire com a formação superior, e que a queda do diploma terá como consequência imediata a precarização das relações de trabalho.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Na primeira noite
eles se aproximam
e colhem uma flor
de nosso jardim.
E não dizemos nada.

Na segunda noite,
já não se escondem :
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.

Até que um dia,
o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a lua, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz
da garganta.

E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.

Maiakovisky

domingo, 5 de julho de 2009


Octosafadius


Um jogo perdido por 8 a 1 não deve gerar uma resenha normal. Usamos aquela expressão. Falar o quê??? Realmente. Neste jogo 80 mil jogadores expulsos. Não são oito, nem 80, muito menos 800, também não são oito mil. São 80 mil profissionais de jornalismo que tiveram sua ética ferida por um punhal de vergonha!
Não existe outra palavra que descreva este ato injusto, a senhora vergonha, que os oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não tiveram e não tem até o momento. Uma verdadeira safadeza com os jornalistas e milhares de estudantes de Comunicação Social de todo Brasil.

Os Ministros só podem achar que é uma brincadeira...é se fosse, seria de muito mau gosto!!! Os senhores excelentíssimos Celso de Mello, Ellen Gracie, Cezar Peluso, Carlos Britto, Eros Grau, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e o relator do recurso, ministro Gilmar Mendes, se equivocaram quando deciram que a exigência do diploma de jornalismo não é recepcionada pela Constituição. Puta Sacanagem!!! Com todo o respeito aos nossos "Octosafadius".

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Embargo pode reverter decisão do STF

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cézar Britto, anunciou que é possível o Supremo Tribunal Federal (STF) rever a decisão sobre a dispensa de diploma de curso superior para a prática jornalística. Segundo ele, isso poderia ser feito de duas maneiras: por embargo de declaração ou por meio de uma ação embasada em novos fundamentos.

"O STF não considerou que há, na imprensa, espaço para os articulistas (colaboradores), e que a liberdade de expressão não estava tolhida da legislação brasileira, até porque 42% dos profissionais que produzem conteúdo não são jornalistas", disse. Britto argumenta que a "confusão" do STF sobre o que o seja a profissão de jornalista possibilita a utilização de um instrumento jurídico chamado embargo de declaração. Esse tipo de instrumento pode ser utilizado quando são identificados pontos omissos, erros ou contradições durante o processo, explicou.

No caso, o embargo de declaração estaria relacionado aos pontos omissos, porque não foi observado que os colaboradores já têm espaço previsto para a manifestação de pensamento. "Ao analisar esse ponto omisso, o resultado do julgamento poderia ter sido outro", disse Britto.

Segundo o presidente da OAB, há, ainda, a possibilidade de uma outra ação impetrada apresentar novos fundamentos que convençam os ministros a mudar de opinião. A liberdade de expressão não é comprometida pelo diploma, disse. E não há exclusividade para os jornalistas no que se refere a manifestação do pensamento, afirmou.

Fonte: Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais

terça-feira, 30 de junho de 2009

Diploma: análise da ABI aponta erros do STF


Fonte: http://www.ojornalista.com.br/news1.asp?codi=2786

Em artigo publicado no Jornal do Brasil ontem, 29 de junho, o presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azêdo, sustentou que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) cometeram vários erros ao justificar a derrubada da exigência de diploma de curso de Comunicação Social ou Jornalismo para o exercício da profissão. Um desses erros foi o de atribuir ao Decreto-Lei nº 972/69, de outubro desse ano, o objetivo de submeter os meios de comunicação à censura, a qual foi instituída formalmente três meses depois, em janeiro de 1970, pelo Decreto-Lei nº 1.077. No texto, publicado na página A16 sob o título Incriminação do diploma não se sustenta, diz o presidente da ABI que o relator do processo, Ministro Gilmar Mendes, presidente do STF, "foi infeliz e revelou extremado mau gosto ao comparar o desempenho do jornalista com o do cozinheiro, mesmo o grande mestre no ofício de conceber e preparar acepipes e quitutes". Diz o articulista que "demonstrou o Ministro que não entende nem de jornalismo nem de arte culinária; se entendesse, não faria as comparações inadequadas que fez".

Com um intertítulo dado pela Redação do JB (Erro do STF na decisão instaura a incompreensível lei da selva trabalhista), o artigo integrou a série Sociedade Aberta, em que o jornal acolhe opiniões de diferentes pessoas. Seu texto é reproduzido a seguir.
"O julgamento pelo Supremo Tribunal Federal da questão da obrigatoriedade de exigência do diploma de conclusão do curso de Comunicação Social ou de Jornalismo para o exercício da profissão de jornalista deixou claro que os membros da chamada Suprema Corte não tinham nem têm familiaridade com o tema tratado. Na justificação dos votos pela derrubada da disposição pertinente do Decreto-lei nº 972/69, os ministros confundiram alhos com bugalhos e revelaram um subjetivismo que não encontra guarida nos fatos históricos e em sua cronologia. Para incriminar a exigência do diploma e justificar sua supressão, vimos ministros a dizer que o Decreto-lei nº 969/72 foi editado com o objetivo de sufocar a imprensa, submetendo-a a censura. Há grave erro aí: a censuraa foi formalmente instituída pelo Decreto-lei nº 1.077, de 26 de janeiro de 1970, mais de três meses após a edição do Decreto nº 972, assinado em 17 de outubro de 1969 e publicado no dia 21 seguinte. Lembre-se, aliás, que era dispensável a formalização do poder de censurar veículos de comunicação, sabido que, com honrosas exceções, como o JB, O Estado de S. Paulo, o Jornal da Tarde e a Tribuna da Imprensa, jornais e emissoras de televisão praticavam a autocensura e faziam o jogo da ditadura militar.

Improcede a afirmação do digno Ministro Ricardo Lewandovski de que o Decreto nº 972/69 tinha como "escopo, inequivocamente, controlar as informações veiculadas pelos meios de comunicação, em especial pelos jornais, afastando das redações intelectuais e políticos que faziam oposição ao governo de então". Na verdade esses intelectuais - um Otto Maria Carpeaux, um Antônio Callado, um Octávio Malta - já tinham sido afastados das redações não por esse decreto, mas pelo esmagamento político e comercial que o regime militar impôs a veículos como Última Hora, levada à descaracterização, e o Correio da Manhã, perseguido e subjugado até falir.
Carece igualmente de fundamento a invocação do Pacto de São José da Costa Rica, validado no País pelo Decreto 678/92, de que a disposição agora derrubada conflitasse com o artigo 13.3 dessa convenção, como alegado pelo mesmo Ministro Lewandovski, que transcreveu o texto de tal disposição, assim redigida: "Não se pode restringir o direito de expressão por vias ou meios indiretos, tais como abuso de controles oficiais ou particulares de papel de imprensa, de frequências radioelétricas ou de equipamentos e aparelhos usados na difusão da informação, nem por quaisquer outros meios destinados a obstar a comunicação e a circulação de idéias e opiniões". Mesmo um advogado recém-formado saberia que falta tipicidade entre o que dispõe o Decreto nº 972 e o texto reproduzido pelo Ministro.

Numa instituição que reúne algumas das maiores sumidades do País em todos os ramos do Direito, como é o Supremo Tribunal Federal, é incompreensível que tenham sido cometidos erros fáticos dessa natureza, para justificar uma decisão desprovida de fundamento jurídico, e sim ditada pelo propósito politico de atender à postulação do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo, o grande interessado em instituir a lei da selva, uma terra de ninguém nas relações trabalhistas, afinal criada pela decisão do Supremo, ao homologar e legitimar práticas restritivas dos direitos dos jornalistas já adotadas por muitas das empresas filiadas a essa entidade.

Mais grave do que essas alegações despropositadas foi o conjunto de argumentos expostos pelo relator, Ministro Gilmar Mendes, Presidente do Supremo Tribunal Federal, que foi infeliz e revelou extremado mau gosto e escassa criatividade ao comparar o desempenho do jornalista com o do cozinheiro, mesmo o grande mestre no ofício de conceber e preparar acepipes e quitutes. Demonstrou o Ministro que não entende nem de jornalismo nem de arte culinária; se entendesse, não faria as comparações inadequadas que fez.

Ao contrário do que sustentaram ministros que acompanharam o relator (Cármen Lúcia, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso, Celso de Mello), a profissão de jornalista não pode ser exercida por pessoas que tenham apenas o curso fundamental completo ou incompleto, para as quais a decisão do Supremo escancarou com largueza as portas de acesso à profissão, ou mesmo por aquelas que, como os ministros do chamado Pretório Excelso, tenham formação de nível universitário em outras especializações da vida social."

Maurício Azêdo, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Militares golpistas cortam sinal de rádios e TVs em Honduras

Medida é criticada por entidades internacionais pró-liberdade de expressão.Presidente do país, Manuel Zelaya, foi deposto e expulso no domingo.

Da Reuters, em Tegucigalpa

Estações de rádio e de TV de Honduras foram fechadas entre domingo e segunda-feira (29), depois do golpe militar do fim de semana, que derrubou o presidente Manuel Zelaya. Entidades internacionais de defesa da liberdade de imprensa condenaram a medida.

Pouco depois de militares hondurenhos terem detido o presidente Zelaya e o obrigado a partir para a Costa Rica no domingo, soldados invadiram uma popular estação de rádio e fecharam as redes internacionais de TV CNN em Espanhol e Telesur, emissora venezuelana que tem o patrocínio de governos esquerdistas da América Latina.

Um canal pró-governo também foi fechado. As poucas emissoras de rádio e TV operando colocaram no ar nesta segunda-feira música, novelas e programas de culinária.

Elas quase não se referiram a manifestações ou condenações internacionais ao golpe, apesar de centenas de pessoas protestarem em frente do palácio presidencial, na capital, para exigir o retorno de Zelaya e o fim do blecaute imposto à mídia.

"Este governo espúrio está violando nosso direito à informação ao bloquear os sinais de canais como a CNN", disse um dos líderes dos protestos, Juan Varaona, diante de uma barricada. Pneus em chamas lançavam grossas nuvens de fumaça no céu da cidade.

Outros manifestantes xingavam os dois principais jornais hondurenhos e diziam que eles ainda continuam com suas edições online somente porque apoiaram o golpe.


"'El Heraldo' e 'El Tribuno' são dois jornais que fazem parte do esquema golpista, como também alguns canais de TV controlados pela oposição ao governo", disse Erin Matute, de 27 anos, funcionário do setor estatal de saúde. "Esta manhã somente eles tinham sinal. Os outros estavam fechados", afirmou Matute, que estava numa barricada em uma rua da capital.

Alguns manifestantes queimaram e esmagaram os estandes onde são colocados esses jornais e os usaram na montagem das barricadas para bloquear as ruas ao redor do palácio presidencial.
A entidade Repórteres Sem Fronteiras, ONG com sede em Paris, atuante na defesa da liberdade de imprensa, condenou o cerceamento à mídia.

"A suspensão ou fechamento de órgãos de mídia local ou internacional indica que os líderes do golpe querem esconder o que está acontecendo", afirmou o grupo em um comunicado. "A Organização dos Estados Americanos e a comunidade internacional têm de insistir que seja levantado o blecaute de notícias", diz o texto.

O golpe militar - desencadeado por uma disputa sobre a iniciativa de Zelaya de tentar aprovar a reeleição presidencial no país - é a maior crise política na América Central nos últimos anos.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1212249-5602,00-MILITARES+GOLPISTAS+CORTAM+SINAL+DE+RADIOS+E+TVS+EM+HONDURAS.html

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Senadores já assinaram PEC que prevê volta do diploma

O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) já conseguiu coletar 40 assinaturas de apoio à apresentação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que exige diploma de curso superior de Comunicação Social para o exercício da profissão de jornalista. Para a apresentação da PEC são necessárias 27 assinaturas.
Segundo a proposta, o exercício da profissão de jornalista será privativo de portador de diploma de curso superior de Comunicação Social, com habilitação em jornalismo, expedido por curso reconhecido pelo Ministério da Educação. Além disso, acrescenta um parágrafo único, que torna facultativa a exigência do diploma para colaboradores.

Consultado pela Agência Brasil, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Maurício Corrêa afirmou "ser possível tornar obrigatória a exigência do diploma por meio de emenda constitucional". Mas Corrêa chamou a atenção para o risco de a iniciativa ser interpretada como repreensão à decisão do STF, na semana passada, que dispensou o diploma para o exercício profissional de jornalista.
O senador Antonio Carlos Valadares solicitará também que o Senado realize audiências públicas na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ), com representantes de associações e federações de jornalistas e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além de estudantes e jornalistas. Segundo ele, o objetivo dessas audiências será o de aperfeiçoar o texto da PEC.
Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 23 de junho de 2009

A IMAGEM DIZ TUDO!!!!


O chargista Iotti, também deixa sua opinião. O gaucho apantou seu lápis e com traços firmes mostrou a indignação perante a não exigência do diploma de jornalismo. Além de dar um pitaco aos todos poderos juristas.
Fica ai expressa a ideia de Iotti, cabe só você analisar...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Lista dos ministros que votaram contra o Diploma de Jornalista.

Muito bem..após pesquisa em sites, eis aqui o rostinho dos digníssimos ministros...detalhe: "todos felizes por terem conquistado seus diplomas"...parabéns à todos eles, que não tiveram problemas...(ninguém que questionasse a legitimidade de seus magnificos DIPLOMAS).
Mais informações a respeito desses cidadões você encontra em http://www.stf.jus.br/portal/ministro/ministro.asp

Votaram contra a exigência do diploma de jornalista o ministro Gilmar Mendes, relator da matéria, as ministras Cármen Lúcia Antunes Rocha e Ellen Gracie, e os ministros Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso e Celso de Mello. O ministro Marco Aurélio votou favoravelmente à exigência do diploma. Não participaram do julgamento os ministros Menezes Direito e Joaquim Barbosa, ausentes da sessão por motivo justificado.

Brasil, mostra a sua cara!

Vale lembrar que foram os proprietários dos veículos que recorreram ao judiciário, para derrubar o diploma e nossa regulamentação profissional. Afinal, com a extinção da exigência, a liberdade de expressão será propriedade privada dos detentores dos veículos de comunicação. Eles terão o pleno poder de decidir quem poderá ou não exercer a profissão de jornalista no Brasil. A liberdade de expressão nada ganhará. Não se iludam.

Com a exigência do diploma, os donos da mídia precisavam recrutar entre os profissionais habilitados os seus trabalhadores. Sem ter que obedecer à exigência, recrutarão como bem entenderem seus escribas servis. Temo pela remuneração e direitos dos escolhidos.

O fim da exigência do diploma transformará em verdadeiros faraós os donos da mídia, que terão poder absoluto e ampliado sobre os seus veículos de comunicação. Como se eles já fossem pequenos.

A despeito de proteger a liberdade de expressão, o Supremo Tribunal Federal (STF) cometeu um grosseiro engano que será extremamente danoso para a sociedade brasileira. Ampliar os direitos dos donos dos veículos, em detrimento dos jornalistas habilitados, não parece ser o caminho mais seguro para garantir e ou ampliar o direito de expressão ou de imprensa no Brasil.
Foi criado um falso dilema. A exigência do diploma nunca foi uma ameaça à liberdade de expressão. Já a sua extinção deve concentrar mais poderes nas mãos de poucos, que além do forte e inabalável compromisso sempre justificado com lucro acima de tudo, tem entre seu seleto grupo, figuras detentoras de altos cargos públicos, que possuem concessões públicas seja através de parentes ou de terceiros no comando de emissoras de rádio e televisão.

Respeito os que defendem a extinção do diploma, por comparar a profissão de jornalista com a dos poetas e escritores, porque estão sendo ingênuos, mas desconfio dos que argumentam que o fim de tal exigência irá ampliar a liberdade de expressão, simplesmente porque o argumento é falacioso.

COLUNA PRATES - DC


OS CARAS
por Luiz Carlos Prates
Na minha antiga máquina de escrever já era a mesma coisa, algumas teclas estavam desbotadas, gastas. Agora, no computador, ocorre o mesmo, nas mesmas teclas. O que será? Bolas, eu as uso mais que as outras.

Mas esse usar das mesmas teclas, ou de usar algumas mais que outras, traz, não raro, alegrias, grandes alegrias.

Dia destes, antes de iniciar uma palestra numa das nossas cidades, um jovem sentou-se ao meu lado e muito educadamente pediu licença. Contou-me que eu o “salvei”. Fez-me sabedor de sua história, que ele andava por aí... e hoje sabe o que quer, considera-se um vencedor, mudou de rumos, sente-se feliz. Deu-me detalhes. Fiquei feliz.

Mas o que foi que eu fiz para ajudá-lo tanto assim? Com certeza ter batido nas mesmas teclas. Faz um bem danado ver alguém tirar velhos textos aqui publicados e tirá-los da bolsa como prova... Bah, subi ao palco que era um leão depois disso.

Quantas vezes, por exemplo, já disse que é muito bom ser campeão, ser o primeiro, ser apontado como referência, ser tido por competente, por capaz, por disciplinado etc etc, quantas vezes já disse isso aqui?

Quantas vezes fiquei furioso ao lembrar que os bons alunos na escola um dia foram chamados de CDFs? Chamados por quem? Pelos vagabundos, pelos nadas, pelos invejosos...

Dia destes contei aqui sobre os CDFs (sigla de uma expressão de calão, e todo calão é baixo, não é preciso redundá-lo) contei aqui que os primeiros CDFs foram chamados de “nerds”. Quem eram os nerds? Eram jovens que se envolviam com ciência e tecnologia nos inícios da década de 1950, foram os primeiros a estudar seriamente computadores. E sabe o leitor como os nerds eram definidos pelo American Heritage Dictionary? Eram definidos como “pessoas comicamente desagradáveis”. Isso mesmo. E os detratores dos nerds não desconfiavam que eles colocariam os americanos mais tarde na Lua... Sim, foram os nerds que fizeram isso, e mais tarde ainda criaram os centros de tecnologia do Vale do Silício, na Califórnia.
Coitados dos detratores dos bons alunos, coitados.

Pois não é que li esta semana no Estadão que os “nerds” estão sendo “caçados” pelas gurias nos pátios das universidades. Elas descobriram que eles são “os caras”. São alinhados, têm boa conversa, são gentis, gente fina, enfim. E ainda tiram 10 nas provas. Que tal, guri, que tal, guria, que tal ser um nerd? Não custa nada, não dói e pode colocá-los no pedestal da vida e dos corações alheios. Ah, estas velhas e desgastadas teclas: ser é melhor que ter. E ser é ter.
A INDIGNAÇÃO

Luiz Carlos Prates fala indignado da decisão do fim da exigência do diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista, que interessa muito aos donos da mídia.

GOLPE

Oito contra oitenta mil
Oito contra 180 milhões

Perplexos e indignados os jornalistas brasileiros enfrentam neste momento uma das piores situações da história da profissão no Brasil. Contrariando todas as expectativas da categoria e a opinião de grande parte da sociedade, o Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, acatou, nesta quarta-feira (17/6), o voto do ministro Gilmar Mendes considerando inconstitucional o inciso V do art. 4º do Decreto-Lei 972 de 1969 que fixava a exigência do diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista. Outros sete ministros acompanharam o voto do relator. Perde a categoria dos jornalistas e perdem também os 180 milhões de brasileiros, que não podem prescindir da informação de qualidade para o exercício de sua cidadania.

A decisão é um retrocesso institucional e acentua um vergonhoso atrelamento das recentes posições do STF aos interesses da elite brasileira e, neste caso em especial, ao baronato que controla os meios de comunicação do país. A sanha desregulamentadora que tem pontuado as manifestações dos ministros da mais alta corte do país consolida o cenário dos sonhos das empresas de mídia e ameaça as bases da própria democracia brasileira. Ao contrário do que querem fazer crer, a desregulamentação total das atividades de imprensa no Brasil não atende aos princípios da liberdade de expressão e de imprensa consignados na Constituição brasileira nem aos interesses da sociedade. A desregulamentação da profissão de jornalista é, na verdade, uma ameaça a esses princípios e, inequivocamente, uma ameaça a outras profissões regulamentadas que poderão passar pelo mesmo ataque, agora perpetrado contra os jornalistas.

O voto do STF humilha a memória de gerações de jornalistas profissionais e, irresponsavelmente, revoga uma conquista social de mais de 40 anos. Em sua lamentável manifestação, Gilmar Mendes defende transferir exclusivamente aos patrões a condição de definir critérios de acesso à profissão. Desrespeitosamente, joga por terra a tradição ocidental que consolidou a formação de profissionais que prestam relevantes serviços sociais por meio de um curso superior.

O presidente-relator e os demais magistrados, de modo geral, demonstraram não ter conhecimento suficiente para tomar decisão de tamanha repercussão social. Sem saber o que é o jornalismo, mais uma vez – como fizeram no julgamento da Lei de Imprensa – confundiram liberdade de expressão e de imprensa e direito de opinião com o exercício de uma atividade profissional especializada, que exige sólidos conhecimentos teóricos e técnicos, além de formação humana e ética.

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), como entidade de representação máxima dos jornalistas brasileiros, esclarece que a decisão do STF eliminou a exigência do diploma para o acesso à profissão, mas que permanecem inalterados os demais dispositivos da regulamentação da profissão. Dessa forma, o registro profissional continua sendo condição de acesso à profissão e o Ministério do Trabalho e Emprego deve seguir registrando os jornalistas, diplomados ou não.

Igualmente, a FENAJ esclarece que a profissão de jornalista está consolidada não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. No caso brasileiro, a categoria mantém suas conquistas históricas, como os pisos salariais, a jornada diferenciada de cinco horas e a criação dos cursos superiores de jornalismo. Em que pese o duro golpe na educação superior, os cursos de jornalismo vão seguir capacitando os futuros profissionais e, certamente, continuarão a ser a porta de entrada na profissão para a grande maioria dos jovens brasileiros que sonham em se tornar jornalistas.

A FENAJ assume o compromisso público de seguir lutando em defesa da regulamentação da profissão e da qualificação do jornalismo. Assegura a todos os jornalistas em atuação no Brasil que tomará todas as medidas possíveis para rechaçar os ataques e iniciativas de desqualificar a profissão, impor a precarização das relações de trabalho e ampliar o arrocho salarial existente.

Neste momento crítico, a FENAJ conclama toda a categoria a mobilizar-se em torno dos Sindicatos. Somente a nossa organização coletiva, dentro das entidades sindicais, pode fazer frente a ofensiva do patronato e seus aliados contra o jornalismo e os jornalistas. Também conclama os demais segmentos profissionais e toda a sociedade, em especial os estudantes de jornalismo, que intensifiquem o apoio e a participação na luta pela valorização da profissão de jornalista.

Somos 80 mil jornalistas brasileiros. Milhares de profissionais que, somente através da formação, da regulamentação, da valorização do seu trabalho, conseguirão garantir dignidade para sua profissão e qualidade, interesse público, responsabilidade e ética para o jornalismo.

Para o bem do jornalismo e da democracia, vamos reagir a mais este golpe!

Brasília, 18 de junho de 2009.

Diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ

quarta-feira, 17 de junho de 2009

A BRASILIANA DIGITAL ESTÁ NO AR!!!


Coleção particular de livros vai para a internet
Cerca de 25 mil títulos serão escaneados e disponibilizados, de graça, na Biblioteca Virtual Brasilana, da USP.

A maior coleção particular de livros do Brasil se tornou, na terça-feira, 16 de junho de 2009, um patrimônio acessível a milhões de brasileiros. São 25 mil títulos, livros feitos no Brasil e sobre o Brasil. Preciosidades desde o século XVI. Entre outras coisas, a primeira edição do livro de viagens de Hans Staden, a primeira dos 17 volumes dos Sermões do Padre Antonio Vieira, as primeiras edições dos livros de Machado de Assis, sendo muitos autografados. A primeira edição de Helena, de Machado de Assis, tem uma dedicatória a um amigo e já está na rede. Textos produzidos no século XIX, na época da Abolição, também. Como o do conselheiro Rui Barbosa.
É uma mistura de admiração e agradecimento a este homem de 94 anos que está doando a todos nós um tesouro que ele formou durante 80 anos, a biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. A tudo isso nós brasileiros teremos acesso gratuito, via internet .

Primeiro livro publicado no Brasil

Obra publicada no ano de 1747

Relação da entrada que fez o excellentissimo, e reverendissimo senhor D. Fr. Antonio do Desterro Malheyro ...; ... Bispo do Rio de Janeiro, em o primeiro dia deste prezente Anno de 1747 havendo sido seis Annos Bispo do Reyno de Angola, donde por nomiaçãoo de Sua Magestade, e Bulla Pontificia, foy promovido para esta Diocesi. Composta pelo doutor Luiz Antonio Rosado da Cunha Juiz de Fóra, e Provedor dos defuntos, e auzentes, Capellas, e Residuos do Rio de Janeiro.

Primeiro livro publicado no Brasil, por Antonio Isidoro da Fonseca, cuja tipografia foi fechada e confiscada.





Acesse e vizualize o documento completo na página


http://www.brasiliana.usp.br/bbd/handle/1918/03908100


Lembre-se que a reprodução sem autorização é crime, você apenas deve utilizar esta obra para fins não comerciais. Conforme Lei Nº 9.610 de 19 de fevereiro de 1998 e Convenção de Berna de 1971.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Rádio Documentário

O rádio-documentário torna possível a utilização de reportagens ampliadas sobre assuntos cotidianos, o desenvolvimento do senso crítico e aguçar o imaginário do ouvinte (FERRARETO, 2001; MCLEISH, 2001). A amplitude do registro jornalístico no documentário radiofônico pode ser reiterada em trabalho apresentado no XXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, por Carmem Lúcia José (2003), que classifica a reportagem como gênero mais rico do jornalismo, destacando o potencial de aprofundamento das informações em contraposição ao gênero noticioso. Paul Chantler (1998) ressalta as possibilidades de aprofundamento no rádio-documentário a partir da veiculação de opiniões divergentes. Esta potencialidade é também observada por Carmem Lúcia José. “[...] diferentemente da notícia, [a reportagem] abre espaço para mais de um ponto de vista: as documentações podem ser variadas, diversificadas e múltiplas, podendo incluir e desenvolver os dados que ficaram fora da notícia”. (JOSÉ, 2003, p. 6).

[...] As informações contidas em um documentário vão além do saber imediato do “quê?”, “como?”, “onde?”, “por quê?”, “quando?”, podendo ser aprofundadas através da multiplicidade de fontes, que poderão trazer inúmeras experiências e informações para contextualizar o tema. A elaboração do documentário envolve um trabalho mais rigoroso do que o da apuração e confecção da notícia (YORKE, 1998). Tal produção começa a ser feita na etapa de pesquisa e planejamento, em que são pensados os temas e subtemas a serem abordados no programa, passa por um esboço para definir atividades que serão desenvolvidas pelos integrantes da equipe técnica, é feito um roteiro (script), redação do texto do locutor, gravação das entrevistas, narração e edição do documentário. Ferrareto (2001), teórico do rádio, também destaca a possibilidade de aprofundamento na abordagem dos temas propostos no rádio-documentário.“Baseia-se em uma pesquisa de dados e de arquivos sonoros, reconstituindo ou analisando um fato importante. Inclui ainda, recursos de sonoplastia, envolvendo montagens e a elaboração de um roteiro prévio”. (FERRARETO, 2001, p. 57). [...]

Rádio Documentário: PADRE NOSSO

Este rádio documentário foi produzido na disciplina de Projeto Experimental de Rádio no segundo semestre de 2008, por acadêmicos de jornalismo da Unoesc Campus de São Miguel do Oeste - SC. Os integrantes do "Grupo Galo Véio", Angie Schenkel Lago, Jaqueline Bassetto, Gisele Vizzotto e Clemerson A, Korb.

Manipulação de Imagem

Acesse também:
http://pt-br.wordpress.com/tag/manipulacao-de-imagem/, são vários blogs sobre manipulação de imagens.

O fenômeno da manipulação de imagens
Por Lucas Bambozzi


Práticas multisensoriais de processamento de imagens ao vivo pervertem noções de áudio, vídeo, mídia e arte

Refletir sobre as mídias tem levado naturalmente ao pensamento em torno das novas tecnologias. Mas o inverso tem se mostrado verdadeiro também. As tecnologias estão hoje a serviço das mídias (e não é exagerado pensar que as políticas, a religião e a guerra também travam seu combate mais prioritário, sua “propaganda” e ideologia no campo das mídias). As mídias exercem essa promiscuidade inconfundível com a técnica vigente, seja com a alta ou com a baixa tecnologia.


E há projetos que forçam essas barreiras de modo bem interessante. O conceito de “Generative Art”, por exemplo, coloca em xeque não apenas o autor mas a própria audiência. Trabalhos que se “regeneram” e adquirem complexidade independentemente dos “inputs” (“self-generating”), apesar de não serem uma absoluta novidade no campo da arte, continuam a incomodar críticos e curadores ansiosos por alguma estabilização de conceitos ligados às tecnologias da imagem. Os conceitos envolvidos neste caso se alastram de tal forma que se tornam inviáveis nesse artigo. São resultados de aspectos de uma revolução digital que se move bem abaixo da superfície do grande cinema e mesmo das artes visuais.


As experiências com manipulação de imagens anteriores ao contexto atual (sejam aquelas aqui mencionadas ou esquecidas) encontram cada vez mais no aparato digital a ferramenta perfeita para o exercício radical das possibilidades de duplicação, reprodução e sampleagem.
Como imagem entende-se também dados digitais, códigos e informações numéricas, que podem adquirir inúmeras e novas formas de representação (não apenas visuais). Mas não são essas definições que configuram a superfície mais aparente do contexto de produção e veiculação de imagens. A suposta novidade se constitui pela confluência dos procedimentos digitais com os fenômenos que envolvem a cultura da música eletrônica.


Uma nova noção de “participação” renasce nesse ambiente reforçado pelo êxtase, pelo contato coletivo, pelo transe proporcionado pela música. Já a idéia de autoria, permanece no incógnito terreno do relativismo. Por um lado, há grupos que produzem bancos de imagens para uso por parte de outros VJ’s. Num mundo que permite a reprodução infinita, faz sentido que as imagens não tenham dono. Por outro lado, nesse terreno devassado, é a afirmação pontual de estéticas pessoais que gera algum diferencial.


É principalmente a partir de intersecções desse tipo que as mídias se expandem -e “se” resultam impuras, sedutoras, instigantes. No loop da história, voltamos mais uma vez ao conceito de cinema expandido de Gene Youngblood (1970).A euforia em torno das facilidades de manipulação de imagens se mostra assim mais fácil de ser contextualizada. Complicado é aceitar o quão difícil é ser original nesse contexto. Ao olharmos para trás, sempre haverá um parentesco mais ou menos próximo com várias das referências colocadas pela turbulenta história das mídias.


Grosso modo, alguns (como os VJs Palumbo, Spetto e Jodele) se inclinariam mais para o lado de um Nam June Paik; vários grupos (Bijari, FAQ, Alexis, Visual Farm) poderiam ser referenciados a partir dos scratch-videos “a la Gorilla Tape”, incluindo o direcionamento político que orientou essa vertente iniciada nos anos 80.


Outros encontram como modelo estético as interferências do cinema direto de Stan Brakhage ou o cinema do cronista do underground Jonas Mekas (como o coletivo Embolex e a dupla MM não é confete).


Outros, como Luiz Duva e FAQ, transpuseram conceitos e procedimentos da videoarte para esta nova arena e muitos (principalmente os VJ’s lá de fora) se dão conta de que tudo o que precisam já está disponível na internet ou em bancos comercias de imagens. Como sempre, as ferramentas utilizadas são peças decisivas para se definir uma referência direta (consciente ou não) com experiências e estéticas anteriores.


O fato é que o trabalho dos VJ’s, ao mesmo tempo que ganhou uma “over-exposição” na mídia, estimulou a propagação de uma forma de cinema sem dramaticidade narrativa, pouco conteúdo e conceitos diluídos. Há quem questione o propósito de tanta manipulação (um mero exercício de sobreposições e cortes) assim como há quem considere essas experiências uma espécie de “papel de parede de festas”, onde predomina a associação aleatória de sentido entre gráficos e imagens.


Mas o que se promete é que o processamento de vídeo em tempo real teria supostamente a capacidade de potencializar as experiências anteriores, sejam elas do cinema de vanguarda ou da videoarte, num nível sensorial nunca visto.


É inegável que as tecnologias abriram formas realmente novas de manipulação e de formulação de uma narrativa mais permeável às instabilidades do acontecimento ao vivo. E essas experiências vêm ganhando muito com os sistemas interativos.


A precisão de sincronismo dos eventos virtuais com as ações da cena real pode ser realmente absoluta. Softwares, como o Keyworx, Isadora, Image/ine ou o pacote Max/MSP-Jitter normalmente associados ao sincronismo eletrônico-musical em palcos e performances cênicas, vêm cada vez mais sendo utilizados nesse tipo de performance com vídeo. A maioria dispõe de recursos de input via Midi, detectando o beat da música e garantindo a experiência sensorial nas mesmas batidas por minuto (BPM).


Se marcações sonoras podem gerar automaticamente pulsos visuais, ou se o próprio público pode desencadear acontecimentos no plano da imagem e do som, agora o "performer" pode se dedicar a uma espécie de regência geral dos vários instrumentos que compõem essa orquestração.
Além disso, a concepção do sistema em si torna-se cada vez mais um desenho complexo de interfaces, conceitos estéticos e gerenciamento de mídias. E isso não é pouco.


Interface e interação


Ao longo dos anos 90, a função cultural do computador foi mudando. Antes uma ferramenta, agora um meio: um veículo de informações. Já não nos damos conta de que há cerca de dez anos o computador ainda era pensado como a simulação de uma máquina de escrever, um quadro de desenhos, uma prancheta de arquitetura ou design.


No fundo, estamos interagindo não apenas com uma máquina, mas com formas culturais codificadas digitalmente. Tais interfaces consistem basicamente em metáforas utilizadas para contextualizar e organizar os dados no computador, seja na forma de ícones, hipertexto, metonímias ou outras formas de associação. É a interface que sugere interatividade -pela intuição, pelo reconhecimento cognitivo, por aproximação.


Pois as interfaces existentes ainda são pobres. Interações via teclas “datilográficas” ou cliques em mouses constituem pontos de contato muito limitados entre homem e computador.
Uma relação como essa sugere que os milhões de anos gastos na evolução perceptiva sejam desprezados e que nossas facilidades com a linguagem expressiva sejam ignoradas. O desenvolvimento das interfaces deveria levar em conta o poder da linguagem, incluindo aí as conexões poéticas, os valores culturais e a subjetividade.


A interatividade que de fato interessa é quase sempre resultado de um processo físico, sensorial e/ou gestual. Sistemas em que o próprio computador ativa mecanismos situados em ambientes e espaços físicos remotos são cada vez mais comuns no dia-a-dia (um exemplo imediato são os medidores de velocidade que gerenciam câmeras fotográficas e ativam o envio de multas). Mas como quase todo hardware, estes são produzidos para alguma indústria, quase nunca para a produção de arte.


As perspectivas imagináveis para uma situação envolvendo imagens e público podem potencializar experiências multisensoriais. Voltamos aos aspectos que revelam a novidade das performances envolvendo “live-images”. Grupos, como o feitoamãos/FAQ, estão cada vez mais interessados em situações em que todos os sentidos são mobillizados.


Essa participação coletiva, o potencial das tecnologias interativas e a experimentação com a interface, possibilitam questionar as relações entre os sentidos e distribuir os papéis (entre emissor/receptor, entre espectador passivo e ativo) novamente. O predomínio do olho na organização do mundo visível, apenas um exemplo, pode vir a ser radicalmente questionado. Outras formas de contato, outras sensibilidades tendem a ser estandardizadas.


Experiências envolvendo vibrações sub-sônicas, superfícies hapticas (como o trabalho “Haptic Wall”, de Rejane Cantoni e Daniela Kutschat, apresentado no Sonar Sound), bem como odores, informações subliminares (algumas perversas, como determinados anúncios invasivos, cada vez mais presentes em festas e clubes noturnos) vêm explorando conexões e formas complementares de potencialização de nosso aparelho sensorial.


Enquanto isso há algo que se apresenta como paradoxal: as novas interfaces que vislumbramos pela frente viabilizam manipulações tipicamente analógicas. Uma invenção considerada genial, como o “Final Scratch”, carrega um sentido de anacronismo muito grande. Por mais que todos procurem formas de interatividade para fora do computador (o termo “out-of-the-box” é outra denominação impregnada de uma tendência generalizada) é curioso observar que o VJ hoje queira adotar técnicas associadas a uma pickup.


Passeando por apresentações de “live-images”, por listas de discussão ou por sites de referência à cultura dos “audiovisualizers” (“visualizadores de áudio”), como Vjcentral, Audiovisualizers, Vjing, VJBR), vemos crescer o que pode ser chamado de interfaces de simulação, algo observável tanto nas interfaces físicas como nas interfaces gráficas (graphics user interfaces - GUI).


Como mencionado anteriormente, essas referências são notadamente culturais e por isso mesmo baseiam-se sobretudo na apropriação de técnicas pré-existentes. Esse fenômeno se caracteriza menos pelo desafio de se buscar novas linguagens a partir de novas tecnologias do que pelo emprego de novas técnicas para a reprodução de procedimentos analógicos, de um contexto pré-digital.


Isso talvez reflita a tese de que qualquer tecnologia, seja ela sofisticada ou não, sempre emprega qualidades anacrônicas, baseadas em mídias anteriores. Não sem razão, Lev Manovich (1998) justifica que computadores são máquinas de simulação e nada mais natural que eles simulem outras mídias, mais antigas ou não.


Imagens como música


Na busca por uma análise mais consensual, arrisco afirmar que sempre houve um ideal de se produzir imagens como se opera num instrumento de música. Na esteira do “Final Scratch”, as experiências mais atuais de manipulação privilegiam processos típicos daqueles ligados à música.


VJ Spetto, por exemplo, vem buscando formas de substituir o teclado do computador por instrumentos musicais (a partir de interfaces comandadas por sinais midi, um recurso que permite entre outras coisas, “expandir” os controles dos softwares para fora do computador). É cada vez mais essencial que se possa “tocar” as imagens, afastando-se um pouco do referencial do computador e do anacrônico teclado “qwert” (que pouco tem a ver com música ou imagem).


Os próprios softwares de manipulação de vídeo tomam emprestado do universo do áudio não apenas suas interfaces e sua lógica intrínseca como em muitos casos são os mesmos (Image/ine, Arkaos, Max/MSP -antes associado a Nato ou Jitter e agora autônomo).


Outros mais notadamente orientados a efeitos visuais e com grandes possibilidades de customização se proliferam aos montes (Isadora, Grid2, Resolume, KeyWorx, Gephex -estes dois últimos ainda livres!). Em instalações onde a programação deve ser mais detalhada, o uso do velho Director (Macromedia) vem ganhando novas perspectivas com o uso de Xtras como XMidi e SequenceXtra.


As possibilidades são inúmeras, dependendo da plataforma e do que realmente se espera a partir da manipulação. Mas, curiosamente, um ícone desse universo ainda é o Theremin, que lê sinais provocados pela aproximação da mão ou do corpo.


O que interessa nessas experiências? Por que tanto se persegue o sentido do “manipular”? E o que a arte a ver com isso?
As mídias baseadas no digital viabilizam pirotecnias, mas, de certa forma, também constrangem. Apesar de todos os avanços, espera-se um contato mais orgânico, mais tátil com a imagem. E, quando travestido de arte, o digital anseia por se libertar de sua condição. Trata-se de uma síndrome da arte das mídias. Ela tende a se rebelar contra si mesma, contra sua função midiática, meramente comunicacional.


É sempre bom lembrar que o vídeo nasceu ao vivo. O registro veio depois, principalmente como forma de eliminação de gafes da TV ao vivo. E hoje a “imperfeição” (o improviso), são elementos viabilizadores de adrenalina, que supostamente injetam “vida” nos sistemas automatizados.

CHARGE

Charge
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Se procura pelo site de humor, consulte Charges.com.br.

Charge é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar, por meio de uma caricatura, algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Muito utilizadas em críticas políticas no Brasil. Apesar de ser confundido com cartoon (ou cartum), que é uma palavra de origem inglesa, é considerado como algo totalmente diferente, pois ao contrário da charge, que sempre é uma crítica contundente, o cartoon retrata situações mais corriqueiras do dia-a-dia da sociedade.


Mais do que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social onde o artista expressa graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas através do humor e da sátira. Para entender uma charge não precisa ser necessariamente uma pessoa culta, basta estar por dentro do que acontece ao seu redor. A charge tem um alcance maior do que um editorial, por exemplo, por isso a charge, como desenho crítico, é temida pelos poderosos. Não é à toa que quando se estabelece censura em algum país, a charge é o primeiro alvo dos censores.


O termo charge vem do francês charger que significa carga, exagero ou, até mesmo ataque violento (carga de cavalaria). Isto significa aqui uma representação pirctográfica de caráter, como diz no primeiro parágrafo, burlesco e de caricaturas. É o cartoon, mas que satiriza um certo fato, como idéia, acontecimento, situação ou pessoa, envolvendo principalmente casos de caráter político que seja de conhecimento do público.


As charges foram criadas no princípio do século XIX (dezenove), por pessoas opostas a governos ou críticos políticos que queriam se expressar de forma jamais apresentada, inusitada. Foram reprimidos por governos (principalmente impérios), porém ganharam grande popularidade com a população, fato que acarretou sua existência até os tempos de hoje-em-dia.

domingo, 14 de junho de 2009

Pré-diagramação em jornal e revista




Pré-diagramação em jornal e revista
13 de junho de 2007, 15h21min , por José Antonio Meira da Rocha


Se o fechamento comercial de seu veículo ainda acontece às seis da tarde, depois que a redação começou a escrever as matérias do dia seguinte, não se preocupe, você não está sozinho: quase todos os jornais brasileiros usam um esquema amador como o veículo em que você trabalha. Esta improvisação pode levar a muitos problemas que são resolvidos com um procedimento simples: a pré-diagramação.


Porque fazer a pré-diagramação


Publicidade é um negócio sério. Jornalismo, mais ainda. Anúncios de jornal precisam ser programados e devem ser fruto de um meticuloso planejamento, que, em geral, é trabalho de agências de publicidade. Mesmo os anúncios diretos, feitos em casa, podem ter programação cuidadosa. Poucas vezes há urgência na publicação de anúncios. Portanto, quase nunca há razão para improvisação como aceitar um anúncio na última hora. Mas o que deveria ser uma exceção, vira regra no jornalismo brasileiro: entra um anúncio de última hora, e o editor é obrigado a “derrubar” ou mutilar matérias.


Veja o que acontece quando a falta planejamento e seriedade nas rotinas produtivas de seu veículo provoca a derrubada parcial ou total de matérias:


1-Você deixa a página de seu veículo mais feia, pois ela deve ser desenhada como um todo, a partir da área de anúncios, e não remendada na última hora.


2-Você está desrespeitando o leitor. Afinal, ele compra seu jornal pela matérias, não pelos anúncios. O leitor é o motivo de existir de seu veículo. Anúncios são apenas para equilibrar o orçamento.


3-Você está desrespeitando o anunciante, demonstrando tratar a publicidade como um negócio improvisado.


4-Você está atrasando o processo produtivo.


5-Você está jogando no lixo um serviço jornalístico pelo qual pagou.


6-Você está indicando que os serviços de seus jornalistas são descartáveis e desenvolvendo frustração profissional em toda a equipe.


Tudo isto pode ser evitado com procedimentos muito simples, rápidos e indolores:


Fechamento comercial no dia anterior à edição (ou pela manhã do dia da edição, no máximo).


Pré-diagramação.


Aplicando a pré-diagramação


Pré-diagramação é a diagramação de páginas, com um texto “falso”, antes do texto final ficar pronto. Não é coisa de outro mundo. Consiste em:


1-Desenhar as páginas antes que os redatores comecem a escrever;


2-Fazer o cálculo preciso de caracteres que cabem no espaço designado, com um texto conta-caracteres;


3-Passar este número para o redatores, para que eles escrevam na medida certa;
Colocar o texto pronto no espaço já diagramado.


Mas, para que o esquema funcione, é necessário que a redação já saiba, de antemão, o espaço ocupado por anúncios, o que implica em fechamento comercial na manhã do dia de edição. Portanto, você precisa agir com inteligência, planejando seu jornal.



Poesia, Sentimento & Fantasia



Sândro José Risso, catarinense, natural de Sul Brasil, reside atualmente em São Miguel do Oeste, publicou no ano de 2008 o seu primeiro livro "Poesia, Sentimento & Fantasia", no qual colaborei produzindo a capa desta obra literária.

Lhes apresento: funk do Boris!

Tempos bons...Curso de Jornalismo, Unoesc São Miguel, 2005/2008...entre o que marcou, esse funk, produzido por Diogenes Di Domenico e Lucas Marasquim Matias, parceiros jornalistas e com a participação de Clemerson A. Korb (Boris)... Obrigado amigos!!!

TELEJORNALISMO NO BRASIL


Além de minhas conclusões, também compartilho aqui ideias e estudos da área de comunicação publicados por colegas jornalistas. Como a matéria a seguir, do site Observatório da Imprensa, Por Alfredo Vizeu em 9/1/2006, espero que gostem.
Tv em Questão
TELEJORNALISMO NO BRASIL
O preocupante monopólio da notícia

O telejornalismo nasceu com a televisão no Brasil, em setembro de 1950. No dia seguinte à inauguração da primeira emissora, a PRF-3-TV, em São Paulo, dos Diários Associados, foi ao ar um programa de caráter jornalístico: Imagens do Dia. Incipiente, sem horário fixo, com problemas de operação, durou dois anos. Depois, entrou no ar o Telenotícias Panair, substituído pelo Repórter Esso, que trouxe para a TV a sua enorme popularidade do rádio.

Despidos de preconceitos, podemos dizer que o velho Repórter Esso foi, na verdade, o nosso primeiro telejornal. Levado para a televisão, em 1952, pela TV Tupi do Rio de Janeiro, tinha 33 minutos de duração e recebeu o nome de O Seu Repórter Esso. Programa de enorme sucesso, chegou ao fim em 1970 porque acabou não conseguindo acompanhar o ritmo de desenvolvimento dos programas de telejornalismo nacionais. A Rede Globo passa a ocupar esse espaço.

No entanto, nossa preocupação não é fazer um histórico do telejornalismo brasileiro, mas discutir a central do telejornalismo da Rede Globo que há 37 anos, através do Jornal Nacional, vem mantendo a hegemonia da informação no país. Considero que os estudos sobre o JN pouco têm se preocupado com este aspecto do noticiário que, diariamente, no horário, constrói uma comunidade imaginária que cria uma espécie de pertencimento daqueles que o assistem nos locais mais distantes deste país.

Mas, antes de discutirmos a centralidade do telejornalismo da Rede Globo e da sua importância, para entendermos a sua influência na construção da realidade social do país, numa identidade nacional, é preciso dizer que as experiências de noticiários que ocorreram no campo da informação televisiva nas demais emissoras foram efêmeras ou não conseguiram se firmar como lugares de referência, o que de certa forma enfatiza a importância do estudo dos noticiários da Globo, não de uma forma reducionista, mas crítica, no sentido de compreendermos um pouco o Brasil.

Antes de entrarmos propriamente na importância da Rede Globo não há como não destacarmos um momento pouco conhecido do telejornalismo brasileiro que foi o Jornal de Vanguarda, da TV Excelsior. Foi um noticiário que buscou um formato brasileiro com competência e criatividade, mas que sucumbiu à ditadura militar e ao general-presidente de plantão.

Avaliação rasteira

Logo depois temos o Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão, que vai ao ar no horário nobre. Foi a primeira experiência brasileira que conseguiu unir instantaneamente o país. Com certeza não somos ingênuos, mas também não somos preconceituosos em procurar entender o papel que o Jornal Nacional desempenha. A história da Rede Globo não pode ser ignorada. Vale lembrar que na sua primeira edição o JN não fez uma crítica ao regime de exceção em que vivíamos.

O Jornal Nacional, como a mídia de uma forma geral, vive ao sabor dos ventos. Na ditadura foi parceiro de primeira hora dos militares e hoje dança no grande baile do governo Lula apoiando aqui e criticando ali, de olho nas eleições de 2006.

Para compreendermos como o JN se manteve tanto tempo selecionando, classificando e hierarquizando as notícias estabelecendo uma espécie de agenda do que é importante para o país ver, podemos ser simplistas na análise e dizer: "O Povo não bobo! Fora a Rede Globo". Uma avaliação rasteira como essa só contribui para a manutenção do sistema, do poderoso sistema midiático hoje concentrado em pouco mais do que seis grandes empresas de comunicação. É preciso estudarmos profundamente os mecanismos e as operações de dominação, manipulação e hegemonia do JN para buscarmos pistas no sentido de entender se o país editado e ditado pelo Jornal Nacional corresponde ao Brasil real.

Jornalismo diferente?

As notícias selecionadas correspondem a uma agenda pública? As diversas vozes que constituem a sociedade estão presentes no JN? A diversidade, a diferença, os conflitos, as tensões dos diversos movimentos sociais e das ruas estão presentes também? Pesquisarmos, estudarmos e analisarmos isso é central para o aperfeiçoamento da democracia no país e para a proposição de políticas públicas de comunicação.

Por fim, nessa leitura crítica do telejornalismo não podemos ser pueris em relação aos demais telejornais. Estou falando dos senhores Sílvio Santos, da família Saad e do bispo Edir Macedo, que controlam o SBT, a Bandeirantes e a Record. Posam como críticos, mas são parceiros, defendem a lógica do capital.

É necessário estarmos atentos a isso. Recentemente, o senhor Edir Macedo demitiu, conforme foi divulgado nos jornais, o apresentador Boris Casoy sem a mínima preocupação se ele fazia ou não bom jornalismo. A pergunta que faço é: Boris Casoy, Paulo Henrique Amorim e Ana Paula Padrão, os dois últimos ex-globais que trocaram a antiga emissora em busca de um novo telejornalismo, fizeram ou fazem um jornalismo diferente do das empresas onde trabalhavam?

Ingenuidade

Com certeza não, são pequenas ilhas nas emissoras que os contrataram. Todos devem receber bons salários, o que é importante, no entanto as empresas em que trabalham, de uma maneira geral, apostam nesses jornalistas em função do prestígio que têm, esquecendo que um telejornal é uma atividade coletiva. É preciso pagar bem também aos funcionários e ter uma estrutura que possa atender às propostas dos novos contratados.

Não vai aqui uma crítica aos profissionais que, tenho certeza, pensavam em fazer algo novo. No entanto, o ditado está batido demais, mas não custa citar: uma andorinha só não faz verão. O monopólio da notícia nas mãos de uma só empresa, no caso a Rede Globo, é preocupante. Jornalistas não podemos ser mercadores de ilusão. As empresas de comunicação funcionam dentro da lógica do mercado. Para que isso mude é preciso termos claro que precisamos de projetos coletivos e não cairmos na cultura das celebridades.

Com base nessa análise é que defendo, apesar da crítica e do preconceito de alguns colegas do campo acadêmico, que é preciso sim centrar a pesquisa no telejornalismo da Globo, que vem há anos contribuindo para a construção de uma imagem do país no seu principal telejornal. Desprezarmos a importância da Globo sob o argumento que somos reféns de sua hegemonia é de uma ingenuidade que um professor, um pesquisador e um jornalista não podem ter. Não sejamos ingênuos.

201 ANOS DE IMPRENSA BRASILEIRA

No ano de 2008 quando comemorava-se o Bicentenário da Imprensa Brasileira, tive a sorte de concluir o curso de Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo. E para marcar essa data tão importante elaborei um cartaz (imagem aqui ao lado), onde procurei unir a homenagem à esta data com a evolução da imprensa no país, além de mostrar a minha raíz de formação e a luta da classe pelo Diploma.
O que começou com a chegada da Família Real ao Brasil a mais de dois séculos com a imprensa escrita, ao passar dos anos inclui o rádio, depois a tv, e a pouco anos a internet. Todos estes meios tem o objetivo de informar, com ética, seriedade e imparcialidade.
Você que é um profissional de comunicação faça valer sua formação e busque ser a "voz e olhos" do povo, denunciando todas as inverdades que podem prejudicar a sociedade. Assim terás orgulho dos 201 ANOS DE IMPRENSA BRASILEIRA, neste mês de Junho de 2009.

Tutorial


Neste blog, com muita liberdade, apresento minhas ideias e criações. Desde editoração gráfica, foto montagens, documentários e produção textual (sátiras & crônicas).